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Goiás formaliza pedido de adesão ao Propag

O Governo de Goiás formalizou, nesta quarta-feira (11/6), o pedido de adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas (Propag), que permite a negociação de débitos com a União em condições mais vantajosas.

No documento enviado à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o governo goiano propôs amortizar 20% do valor da dívida, o equivalente a R$ 3,9 bilhões, utilizando créditos reconhecidos e fluxos de recebíveis, conforme previsto na Lei Complementar nº 206/2024, que instituiu o programa.

Propag

A proposta inclui o uso de compensações financeiras oriundas da exploração de recursos hídricos, minerais e de petróleo, além de créditos previstos na chamada Lei Complementar 176, montante considerado como passível de enquadramento entre os créditos reconhecidos pela União.

O Estado também se comprometeu a realizar aportes anuais equivalentes a 1% da dívida no Fundo de Equalização Fiscal (FEF) e outros 1% em investimentos diretos em áreas essenciais como educação, infraestrutura, segurança pública, entre outras.

Secretaria da Economia já encaminhou ofícios com notas técnicas às agências reguladoras, responsáveis por validar os cálculos dos recebíveis até 31 de julho. Após essa etapa, caberá à STN avaliar os ativos e aplicar a taxa de desconto para cálculo do valor presente dos recursos.

O Estado também indicou, no pedido, a possibilidade de complementar os ativos com dívida ativa, se necessário.

A União tem até 30 dias para enviar a minuta do termo aditivo que formaliza a adesão. A expectativa é que a assinatura do termo ocorra mesmo antes da conclusão da avaliação final dos ativos, conforme previsto no decreto que regulamenta o programa.

A adesão depende ainda da homologação, pelo presidente da República, do encerramento do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) em Goiás, etapa final para que o Estado comece a usufruir das novas condições de pagamento previstas no Propag.

Histórico

O pedido de adesão ocorre após a aprovação na Assembleia Legislativa e a sanção, em maio, pelo governador, das leis que autorizam a entrada de Goiás no Propag e o encerramento do Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

A mudança do indexador da dívida, de Selic para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), alivia as contas públicas e abre espaço para mais investimentos.

Fonte: Agência Cora Coralina de Notícias

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