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Pix automático, que poderá aposentar débito automático, começa a funcionar na quinta (29) no Banco do Brasil

Consumidores e empresas poderão agendar cobranças com até 90 dias de antecedência

Banco do do Brasil vai liberar o uso do Pix automático a partir desta quinta-feira (29), modalidade que promete disputar espaço com o débito automático. A nova função do Pix permitirá fazer o agendamento de pagamentos recorrentes, como contas de luz, mensalidades escolares, academias e serviços por assinatura.

Segundo Dione Souza, executiva de pagamentos e recebimentos do Banco do Brasil, a instituição foi a primeira a concluir todos os testes de homologação junto ao BC (Banco Central) e está pronta para operar plenamente a modalidade, que será obrigatória para todas as instituições participantes a partir de 16 de junho.

Entre os diferenciais oferecidos pelo banco estão o agendamento de cobranças com até 90 dias de antecedência —acima do prazo mínimo exigido pelo BC, de dois a dez dias—, e a possibilidade de dividir automaticamente os recebimentos em até seis contas diferentes.

“Eu falo que o Pix automático é o irmão mais moderno do DBT [débito automático]. Se o DBT foi uma solução extremamente viável ao longo dos tempos, mas com algumas características que acabavam dificultando o acesso de empresas menores ou que não tivessem uma tecnologia tão avançada, o Pix traz essa democratização”, diz.

A nova funcionalidade poderá ser usada por grandes empresas e por pequenos negócios. De acordo com Dione, a proposta do Pix automático é democratizar o acesso a cobranças recorrentes, antes concentradas em grandes companhias com infraestrutura para operar o débito automático tradicional.

Segundo o Banco do Brasil, o prazo de 90 dias tem como objetivo facilitar a gestão das empresas, especialmente as de menor porte.

COMO O PIX AUTOMÁTICO FUNCIONARÁ?

Para o cliente pagador, a autorização dos débitos será feita diretamente pelo aplicativo do banco, dentro da aba do Pix. Cada cliente deverá definir um valor máximo por cobrança que, na prática, funciona como um limite de segurança. Se o valor da fatura ultrapassar esse teto, o pagamento será recusado automaticamente.

Além disso, o cliente poderá acompanhar, em tempo real, as autorizações pendentes, os débitos realizados e eventuais falhas no pagamento, com o recebimento de notificações por meio do aplicativo do banco.

Para o cliente recebedor, o Banco do Brasil oferecerá diferentes formas de contratação do Pix automático, adaptadas ao porte e à estrutura tecnológica de cada negócio. Será possível integrar o serviço via API, utilizar o canal web para o lançamento individual das cobranças (alternativa voltada especialmente a pequenos empreendedores) ou enviar uma planilha com os dados, o que deve facilitar o acesso para quem não conta com sistemas automatizados.

Caso não haja saldo suficiente na conta do cliente no momento do débito, o Banco do Brasil seguirá a regra definida pelo BC. Serão feitas três tentativas de cobrança em um período de até sete dias. Durante esse prazo, o cliente será notificado das tentativas e poderá providenciar os recursos para manter o serviço ativo.

Por ter um custo menor e mais flexibilidade, o Pix automático é apontado pelo banco como uma evolução do débito automático. A expectativa é que a nova modalidade ganhe escala rapidamente, especialmente entre empresas de menor porte e, no médio prazo, deve substituir o sistema tradicional de débitos recorrentes.

A instituição diz que aposta em uma estratégia de distribuição ampliada para a modalidade, por meio de uma rede de parceiros e integradores que já consomem suas APIs. Dione Souza diz que essa atuação em conjunto facilita a chegada do serviço a empresas que operam com diferentes plataformas, especialmente no varejo.

O banco está preparando a integração da modalidade ao ecossistema do Open Finance, o que permitirá oferecer sua solução por meio de parceiros dentro desse ambiente.

Fonte: Folha de São Paulo

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