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Golpe da selfie pode te deixar no prejuízo; entenda como funciona!

FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) emitiu no início de 2025 um alerta sobre uma nova e sofisticada fraude digital que tem feito cada vez mais vítimas no Brasil: o golpe da selfie. A fraude, que já afeta milhares de pessoas, é especialmente perigosa porque utiliza a biometria facial para acessar dados bancários e realizar transações fraudulentas.

Serasa também vem monitorando e alertando sobre esse tipo de crime, que atinge principalmente idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade digital. Neste artigo, entenda o que é o golpe da selfie, como ele funciona, quais são os principais alvos, e veja dicas práticas de como se proteger.

O que é o golpe da selfie e como ele afeta sua segurança digital?

Golpe da selfie pode te deixar no prejuízo; entenda como funciona!

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Autor Bruna Machado Em 03/05/2025 07:20

golpe da selfie
Imagem: miksturaproduction – freepik

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FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) emitiu no início de 2025 um alerta sobre uma nova e sofisticada fraude digital que tem feito cada vez mais vítimas no Brasil: o golpe da selfie. A fraude, que já afeta milhares de pessoas, é especialmente perigosa porque utiliza a biometria facial para acessar dados bancários e realizar transações fraudulentas.

Conteúdo do artigo:

Serasa também vem monitorando e alertando sobre esse tipo de crime, que atinge principalmente idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade digital. Neste artigo, entenda o que é o golpe da selfie, como ele funciona, quais são os principais alvos, e veja dicas práticas de como se proteger.

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Febraban alerta sobre golpe da selfie e entregas falsas, idosos são o principal alvo dos criminosos
Imagem: tookapic/Pixabay

golpe da selfie é uma fraude que se baseia no roubo de dados biométricos por meio da coleta de fotos e vídeos enviados pelas vítimas. Os criminosos se passam por representantes de bancos, programas sociais ou empresas confiáveis e solicitam uma selfie com o pretexto de validar a identidade do usuário, liberar benefícios ou evitar bloqueios em contas.

Essas imagens são utilizadas para enganar sistemas de reconhecimento facial em aplicativos bancários ou plataformas financeiras, permitindo que os golpistas:

  • Acessem contas bancárias;
  • Realizem transferências;
  • Solicitem empréstimos;
  • Abertam contas falsas;
  • Cometam outros tipos de fraudes em nome da vítima.

Como funciona o golpe da selfie?

O golpe normalmente começa com uma abordagem por telefone, WhatsApp ou redes sociais. Os criminosos entram em contato afirmando que a vítima tem direito a algum benefício — como cestas básicas, crédito emergencial ou adicional previdenciário.

Etapas comuns do golpe:

  1. Coleta de dados pessoais da vítima (nome completo, CPF, número de celular);
  2. Envio de mensagem informando que é necessário fazer uma selfie para liberar o benefício;
  3. Instrução para tirar a selfie em um “ambiente bancário simulado” — às vezes usando fita isolante na tela ou um falso aplicativo que simula o visual de bancos;
  4. Captura da biometria facial, que é usada para invadir aplicativos financeiros e cometer fraudes.

Quem são as vítimas mais comuns?

As principais vítimas desse tipo de golpe são pessoas com menor domínio da tecnologia ou em situação de necessidade financeira:

Perfis mais visados:

  • Idosos, que muitas vezes não têm familiaridade com autenticação digital;
  • Pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, atraídas por promessas de auxílio financeiro;
  • Usuários com baixa alfabetização digital, que compartilham informações sem checar a origem do pedido.

Como os golpistas usam selfies para cometer fraudes?

Ao obter a imagem do rosto da vítima, os criminosos usam softwares e técnicas de manipulação para enganar sistemas de autenticação facial usados por bancos e aplicativos.

Informações que podem ser extraídas:

  • Biometria facial: usada para autenticação em sistemas bancários;
  • Dados pessoais: como CPF, nome e endereço, usados para abrir contas ou fazer cadastros falsos;
  • Acesso direto a contas: caso o banco aceite a validação apenas com a selfie.

Como identificar o golpe da selfie e evitar ser enganado

Estar atento a certos sinais pode evitar que você ou alguém próximo caia em golpes desse tipo.

Atenção a estes indícios:

  • Mensagens ou ligações pedindo selfies para liberar benefícios;
  • Solicitações feitas com urgência ou pressão emocional;
  • Contatos se passando por bancos ou órgãos públicos;
  • Links enviados por SMS, e-mail ou WhatsApp fora dos canais oficiais.

Como se proteger do golpe da selfie: 6 dicas práticas de segurança digital

1. Não envie fotos pessoais para desconhecidos

  • Nunca envie selfies ou imagens de rosto a pessoas ou contatos que você não possa verificar;
  • Bancos e instituições nunca solicitam selfies por WhatsApp ou SMS.

2. Ative a autenticação de dois fatores

  • Ative o 2FA em todas as contas e aplicativos financeiros;
  • Prefira autenticadores como Google Authenticator em vez de SMS.

3. Use redes seguras

  • Nunca acesse contas bancárias em Wi-Fi público ou redes abertas;
  • Prefira conexões privadas e seguras para realizar operações financeiras.

4. Verifique a origem de qualquer solicitação

  • Entre em contato com o banco ou a empresa por meios oficiais;
  • Não clique em links enviados por mensagens suspeitas.

5. Mantenha dispositivos atualizados

  • Atualize o sistema e os aplicativos do seu celular com frequência;
  • Instale antivírus confiáveis e mantenha-os ativos.

6. Desconfie de promessas fáceis

  • Ofertas de dinheiro fácil, benefícios urgentes ou sorteios são iscas comuns;
  • Se parece bom demais para ser verdade, provavelmente é golpe.

O que fazer se você foi vítima do golpe da selfie

Caso você já tenha enviado uma selfie e suspeite de fraude, siga os passos abaixo imediatamente:

1. Bloqueie contas e transações

  • Ligue para seu banco e informe a situação;
  • Solicite o bloqueio de contas e cartões, e verifique se houve movimentações suspeitas.

2. Registre um boletim de ocorrência

  • Vá até uma delegacia física ou acesse a Delegacia Virtual do seu estado;
  • Esse registro é essencial para ações futuras de proteção e investigação.

3. Notifique empresas e órgãos envolvidos

  • Se contas foram abertas ou movimentadas em seu nome, comunique as instituições envolvidas;
  • Solicite cancelamento das operações e anexe o boletim de ocorrência.

4. Altere senhas e ative camadas extras de segurança

  • Mude senhas de e-mails, bancos, redes sociais e cadastros diversos;
  • Ative autenticação em dois fatores em todos os aplicativos possíveis.

5. Monitore seu CPF e score

  • Acesse o site ou app da Serasa para monitorar alterações no CPF;
  • Você será notificado em tempo real sobre qualquer movimentação suspeita.

6. Busque suporte jurídico

  • Em caso de perdas financeiras, procure orientação de um advogado;
  • Avalie a possibilidade de reparação judicial ou bloqueio de valores.

Considerações finais

golpe da selfie é mais do que uma fraude — é um ataque direto à identidade digital dos brasileiros, que usa técnicas de engenharia social e aproveita brechas de segurança emocional e tecnológica.

Com o avanço da digitalização de serviços, é essencial redobrar os cuidados com dados pessoais e biométricos. Evitar o compartilhamento de selfies, adotar práticas de segurança digital e desconfiar de mensagens não solicitadas são atitudes simples que fazem toda a diferença.

Se você ou alguém próximo foi vítima, não hesite em denunciar e tomar medidas imediatas. A prevenção começa pela informação, e este conteúdo é um passo fundamental nessa jornada.

Fonte: O Seu Crédito Digital

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