Troca de dívidas por Crédito do Trabalhador promete juros mais baixos
Nova fase do programa facilita renegociação de consignados e CDCs com juros reduzidos; portabilidade entre bancos começará em maio.

Desde a última sexta-feira (25), trabalhadores com empréstimos consignados ou Crédito Direto ao Consumidor (CDC) têm uma nova oportunidade para aliviar suas finanças. O programa Crédito do Trabalhador permite agora a troca dessas dívidas por novas com taxas de juros significativamente mais baixas. As 70 instituições financeiras habilitadas já podem oferecer essa migração diretamente em seus canais eletrônicos.
Embora a funcionalidade ainda não esteja disponível na Carteira de Trabalho Digital, os trabalhadores interessados devem procurar diretamente o banco onde o empréstimo original foi contratado para realizar a troca.
Até a quinta-feira (24), o programa já movimentou R$ 8,2 bilhões em empréstimos consignados privados, beneficiando quase 1,5 milhão de trabalhadores em mais de 1,5 milhão de contratos. O valor médio por contrato é de R$ 5.491,66, com prazos médios de 16 parcelas e prestações de R$ 335,51. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná lideram em número de contratações.
O governo federal espera que uma parcela considerável dos R$ 120 bilhões em empréstimos consignados e CDCs migre para o Crédito do Trabalhador, proporcionando condições mais vantajosas. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou que a troca permitirá renegociar dívidas de CDC, que hoje possuem juros elevados (7% a 8%), por taxas inferiores à metade desse valor, gerando alívio financeiro e reduzindo o endividamento dos trabalhadores.
O processo de troca envolve a contratação de um novo empréstimo consignado pelo Crédito do Trabalhador para quitar a dívida anterior. Caso o trabalhador ainda possua margem consignável, poderá solicitar crédito adicional.
A obrigatoriedade da redução das taxas de juros para a troca de dívidas tem validade de 120 dias, até 21 de julho, conforme a Medida Provisória. Além disso, os bancos podem ofertar a migração diretamente aos seus clientes. Caso as condições não sejam consideradas vantajosas, o trabalhador poderá optar pela portabilidade para outra instituição financeira, funcionalidade que será antecipada para o início do próximo mês pelo Ministério do Trabalho. Essa medida visa aumentar a competitividade entre os bancos, beneficiando os trabalhadores.
Todo o processo, tanto para troca de dívidas quanto para novos empréstimos, será gerenciado pelo sistema da Dataprev, com monitoramento diário das taxas de juros e do perfil dos tomadores pelo MTE.
É importante ressaltar que a troca de dívidas é válida apenas para CDC e empréstimos consignados. No entanto, o trabalhador poderá contratar o Crédito do Trabalhador para quitar dívidas de cartão de crédito ou cheque especial, que possuem juros mais altos. Trabalhadores negativados precisarão renegociar suas dívidas antes de contratar o novo empréstimo para quitá-las, evitando assim o aumento do endividamento.
Fonte: Notícias ao Minuto