Senadores têm em média R$ 46,4 mil para gastar com publicidade; cota subiu pelo 2º mês seguido
Vale ressaltar que a Casa conta com 81 parlamentares, sendo três representantes por estado, independentemente do tamanho da população.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), assinou um ato que eleva, pelo segundo mês consecutivo, a cota parlamentar disponível para os senadores cobrirem despesas relacionadas ao mandato. A medida foi publicada na sexta-feira (28), véspera do Carnaval, e entrou em vigor no dia seguinte, 1º de março de 2025.
Com a mudança, o valor médio mensal disponível para cada senador passou para R$ 46.402,62. O montante cobre gastos como alimentação, transporte, hospedagem, manutenção de escritórios, consultorias e serviços de propaganda. O custo é bancado integralmente com recursos públicos.
O Senado conta com 81 parlamentares, sendo três representantes por estado, independentemente do tamanho da população. A cota, no entanto, varia conforme o estado de origem do senador, especialmente por conta das despesas com passagens aéreas.
Os senadores do Distrito Federal têm direito ao menor valor, fixado em R$ 36.582,46. Já os parlamentares do Amazonas contam com o teto mais alto, podendo gastar até R$ 52.798,82 mensalmente. A nova tabela detalhando os valores para cada estado foi anexada ao ato assinado por Alcolumbre.
A decisão de aumentar a cota pelo segundo mês seguido gerou repercussão nos bastidores políticos, principalmente por ter sido divulgada estrategicamente antes do feriado de Carnaval. O acréscimo ocorre em um momento de forte debate sobre cortes de gastos públicos e ajustes no orçamento federal.
Os parlamentares utilizam a cota para financiar diversas atividades do mandato, incluindo despesas com viagens, aluguel de escritórios políticos e contratação de serviços especializados. O uso dos recursos deve ser justificado e registrado publicamente, mas o aumento recorrente da verba levanta questionamentos sobre a necessidade de tais reajustes.
A decisão de Alcolumbre reforça o poder da presidência do Senado na definição de benefícios aos parlamentares e levanta discussões sobre a transparência na administração dos recursos públicos destinados ao funcionamento do Legislativo.
Fonte: Portal de Prefeitura