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Para Fieg, aumento da Selic compromete criação de empregos e investimento produtivo

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu quarta-feira (06/11) reajustar em 0,50 ponto percentual (p.p.) a taxa básica de juros. Com a decisão, a Selic salta de 10,75% para 11,25% ao ano (a.a.). A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) manifesta preocupação com o aumento dos juros e avalia que a elevação impacta diretamente o custo do crédito para empresas e consumidores, comprometendo o crescimento econômico e o fortalecimento do mercado interno. Essa é a segunda alta consecutiva na Selic, voltando o indicador aos patamares operados entre fevereiro e março deste ano.

De acordo com relatório da área técnica da Fieg, apesar da manutenção de taxas de juros elevadas ser frequentemente justificada pelo controle inflacionário, é essencial ponderar sobre os efeitos desse aumento e que vão além da inflação de curto prazo, afetando diretamente o ambiente produtivo. “Em linhas gerais a elevação dos juros resulta em restrição ao acesso ao crédito, aumento dos custos de financiamento e redução do poder de investimento das empresas”, destaca o documento.

Para o presidente da Fieg, Sandro Mabel, o aumento da Selic pode intensificar o ciclo de desaceleração econômica em um momento em que é preciso avançar e consolidar o crescimento econômico do País. “Com juros elevados, a confiança empresarial diminui, levando a reduções na criação de empregos e no investimento produtivo. O impacto negativo é sentido em toda a cadeia produtiva e prejudica o avanço sustentável do Brasil, que depende de um mercado interno ativo e de condições de crédito favoráveis e estimulantes para alavancar setores estratégicos”, defende.

Para ele, o compromisso com a meta de inflação deve ser equilibrado com políticas que favoreçam o desenvolvimento econômico. “Entendemos que o Banco Central adote uma estratégia cautelosa, mas é necessário considerar alternativas que aliviem os custos para o setor produtivo e para a população, incluindo uma atuação junto ao Governo Federal para controle de gastos”, conclui.

Fonte: FIEG

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