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O que é o círculo azul que apareceu no seu WhatsApp e como usar o recurso

Responsável por aplicativos como o WhatsApp, a Meta tem um novo recurso em suas redes sociais: a inteligência artificial. O surgimento de um círculo na tela principal do aplicativo de conversas tem pegado muitos usuários de surpresa, e sua presença indica que já é possível interagir com a IA desenvolvida pela empresa.

Como usar?
A Meta AI, nome dado ao recurso de inteligência artificial da empresa de Mark Zuckerberg, está sendo liberada no Brasil de forma gradativa desde o início de outubro. Segundo a Meta, não há uma data definitiva para a implementação em toda a base de usuários brasileiros. Por isso, é possível que o recurso ainda não esteja disponível no seu aplicativo. Para ter acesso à ferramenta, é necessário manter o aplicativo com as atualizações em dia.

Caso você já tenha a Meta AI no seu WhatsApp, o símbolo irá aparecer na tela que lista suas conversas. O círculo correspondente ao recurso tem tons de azul e roxo. Para abrir uma conversa com a inteligência artificial, basta clicar no ícone.

O recurso aparece também na barra de pesquisa. Ainda na tela das conversas, há a opção “Pergunte à Meta AI ou pesquise”. Clicando na barra, o aplicativo irá sugerir diferentes temas para que você possa interagir com a ferramenta.

A Meta AI funciona de forma similar ao ChatGPT, da OpenAI, e o Gemini, do Google. Entre as funcionalidades da ferramenta, a IA da Meta oferece respostas e informações de temas variados, gera diferentes tipos de conteúdo criativo, como textos, traduções e roteiros, e cria imagens.

Para conversar com a inteligência artificial, basta mandar uma mensagem. É possível mencionar a ferramenta em conversas com outras pessoas ou em grupos, digitando @Meta AI, e adicionar instruções. Os comandos do recurso têm descrição simples: /imagine (“imaginar” em inglês), por exemplo, tem a função de gerar imagens.

Caso queira gerar um gif, basta digitar no chat “animar”, sem aspas, após a imagem gerada pela IA. É possível, também, editar a imagem gerada pela IA, indicando quais são as mudanças desejadas. No entanto, o teste realizado por Tilt para a função de edição não teve um resultado satisfatório. Ao ser acionada para editar somente a cor de um carro, originalmente vermelho, a Meta AI gerou a imagem de outro carro, completamente diferente do anterior. Veja abaixo:

Ferramenta ainda apresenta inconsistências
Nos testes feitos por Tilt, ferramenta apresentou inconsistências. À esquerda, o pedido para a criação da imagem de um cachorro foi corretamente atendido. No centro, ao solicitar a imagem de um bolo em português, a Meta AI informou que não seria capaz de gerar a imagem, afirmou que “ainda está aprendendo novos idiomas” e sugeriu realizar o pedido em inglês ou outro idioma. Ao fazer a mesma solicitação em inglês (cake), a ferramenta apresentou a imagem. Já à direita, ao ser acionada para gerar a imagem de um alienígena, a Meta AI enviou a imagem de um astronauta. Na segunda tentativa, o recurso funcionou corretamente.

Prints de interações com a geração de imagens disponibilizada pela Meta AI
Imagem: Reprodução

Diferentes acionamentos da Meta AI
De roteiro de viagem ao passo a passo para trocar pneu. A ferramenta gerou sob demanda um roteiro de um dia em Salvador, uma lista com dicas de filme de Halloween e um passo a passo para a troca de um pneu, respectivamente.

Roteiro em Salvador gerado pela Meta AI
Imagem: Reprodução
Parte das sugestões de filmes para assistir no Halloween, em lista gerada Meta AI. Ao todo, foram dezenas de filmes sugeridos, separados por tipos
Imagem: Reprodução
Tutorial de troca de pneu gerado pela Meta AI em conversa no WhatsApp
Imagem: Reprodução

Com o recurso, a Meta busca manter o usuário dentro do aplicativo para diferentes tarefas. Com a possibilidade de realizar pesquisas a partir da Meta AI, por exemplo, não será necessário deixar o WhatsApp para migrar até um navegador.

Segundo a Meta, o chat com a Meta AI é criptografado de ponta a ponta. Conforme aviso enviado aos usuários, a Meta pode utilizar os dados trocados nas conversas com sua ferramenta de inteligência artificial para aperfeiçoar os resultados gerados pela IA.

Além do recurso no aplicativo para celular, a empresa lançou também a versão web da Meta AI. No entanto, algumas funções, como a geração de imagens, exigem que o usuário esteja logado em sua conta vinculada à rede social, e não funcionam na versão web. Veja abaixo o layout inicial da ferramenta na web:

Layout da ferramenta Meta AI na versão web
Imagem: Reprodução/Meta AI

Meta AI teve lançamento postergado no Brasil
Atrito entre Meta e autoridades brasileiras atrasou o lançamento da ferramenta no país. Apesar de ter sido lançada em outubro, a funcionalidade havia sido programada para chegar no Brasil em julho. No entanto, a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) publicou sanção administrativa que suspendeu a política de privacidade da Meta, impedindo que a empresa usasse dados de cidadãos brasileiros para treinar modelos de inteligência artificial.

Medida da ANPD foi resultado de ação anterior da Meta. Segundo o órgão, a Meta desenvolvia seus modelos de IA usando dados de contas do Facebook e do Instagram sem solicitar a devida autorização para os donos dos perfis. A restrição foi suspensa após a empresa se comprometer a tornar o processo mais transparente aos usuários, como alertas mais claros sobre o uso de dados pessoais e emails sobre o procedimento adotado pela empresa no recurso de inteligência artificial.

Devido às leis de proteção de dados da União Europeia, ferramenta não é acessível na Europa. Ainda assim, segundo a empresa, mais de 400 milhões de pessoas já utilizam a Meta AI mensalmente.

Reino Unido e na Austrália, segundo a empresa. Além da parceria com a marca de óculos, a Meta vem trabalhando também no desenvolvimento de seu protótipo de óculos de realidade aumentada, chamado Orion. O dispositivo exibe mensagens de texto e aplicativos holográficos, além de fazer videochamadas no campo de visão do usuário. Para a Meta, o Orion será uma possível alternativa aos smartphones, sem o uso das mãos.

Fonte: Tilt UOL

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