Drex: entenda como vai funcionar a versão digital do real e o que muda para os brasileiros
O Banco Central está desenvolvendo o que promete ser o “real digital”. Batizado pelo BC de Drex (sigla que é a abreviação da expressão “Digital Real X”), o projeto entrou recentemente na segunda fase de testes.
O plano prevê que o Drex permita que vários tipos de transações financeiras com ativos digitais e contratos inteligentes estejam à disposição. Esses serviços financeiros serão liquidados pelos bancos dentro da Plataforma Drex do Banco Central.
Para ter acesso à plataforma Drex, o cidadão precisará de um intermediário financeiro autorizado, como um banco. Esse intermediário fará a transferência do dinheiro depositado em conta para sua carteira digital do Drex, para que seja possível realizar transações com ativos digitais.
Impacto na sociedade
Alex Andrade, CEO da Swiss Capital, empresa de capitação de investidores imobiliários, lista oito aspectos sobre como a nova plataforma deverá modernizar o sistema financeiro nacional. Veja abaixo:
1 – Plataforma de Emissão de Tokens: O Drex não é uma moeda no sentido tradicional; trata-se de uma plataforma que emitirá tokens, especialmente tokens de ativos do mundo real (RWA). Isso amplia as possibilidades de utilização e adoção de ativos digitais.
2 – Conversão Direta com o Real: Cada Drex terá o valor equivalente a R$ 1. Essa paridade facilita a compreensão e a aceitação da moeda digital pelo público em geral.
3 – Mini Bancos para Correntistas: Por meio do Drex, os correntistas poderão operar via protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), transformando-se em pequenos bancos que oferecem serviços financeiros de forma autônoma.
4 – Substituição de Cartórios: O Drex tem o potencial de substituir algumas funções dos cartórios, uma vez que consegue validar operações e registrar transações com múltiplas partes de forma eficiente.
5 – Utilização de Smart Contracts: A plataforma irá integrar contratos inteligentes, que automatizam e garantem a execução de acordos, aumentando a segurança e a agilidade das transações.
6 – Verificação de Fake News: O Drex poderá ser usado como uma plataforma para checar a veracidade de informações, ajudando a combater a disseminação de fake news.
7 – Lançamento de Protocolos DeFi: Qualquer pessoa terá a capacidade de lançar seu próprio protocolo de finanças descentralizadas, democratizando o acesso e a criação de serviços financeiros.
8 – Assinaturas Digitais: O Drex poderá fornecer protocolos e documentação para assinaturas digitais, facilitando a realização de contratos e transações online de maneira segura e eficiente.
Fonte: IstoÉ Dinheiro