Assinatura de produtos e serviços exige avaliação de benefícios e bom senso
Recomenda-se continuar comparando preços sempre e não fazer contratos por impulso
Quanto você gasta com assinaturas mensalmente? Você utiliza todos os serviços e produtos que assina e paga? Essas perguntas se justificam porque, além dos clubes de assinatura e dos streamings de áudio e vídeo, em 2023 foram 160 mil carros assinados no Brasil. E cresce a oferta de assinatura para carros elétricos.
É muito importante que a soma das assinaturas não estoure o orçamento. E que os contratos não sejam feitos por impulso. Isso vale, por exemplo, para streamings e para a TV por assinatura. Às vezes, a soma de plataformas digitais de vídeos e áudios não justifica a manutenção de um contrato de TV a cabo. E vice-versa, é claro.
Antes de contratar o serviço, verifique se há a possibilidade de fazer um teste gratuito por alguns dias. E sempre observe no contrato se há flexibilidade para o cancelamento da assinatura. Alguns serviços podem ter cláusulas complicadas para cancelamento e até cobrar taxas adicionais.
Se tem assinatura de jornais, reserve um tempo diariamente para leitura. Ou semanal, no caso de revistas. Da mesma forma, quem tem assinatura de clubes de livro, deve ler as obras que recebe, o que parece óbvio, mas nem sempre acontece.
No campo da gastronomia, há que avaliar muito bem o que assinar. Por exemplo, não parece razoável ter, ao mesmo tempo, assinatura de vinhos e de cervejas, para não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas. Há clubes de alimentos, que vão das caixas de produtos saudáveis a geleias, chocolates, hambúrgueres, carnes nobres. Aqui, o cuidado deve ser com a dieta e a saúde.
Quem é consumidor compulsivo de doces, como chocolates, ou luta para manter o peso indicado para sua compleição física, talvez possa evitar a assinatura de carnes, hambúrgueres e doces.
Se a escolha for de produtos indicados para dietas sem açúcar, sem glúten ou sem lactose, certifique-se de que, realmente, os alimentos tenham as características nutricionais prometidas.
Também deve-se entender que uma assinatura de alimentos não há de ser avaliada exclusivamente pelo preço, pois há comodidade e conforto no serviço, algo que tem custo. Quem quiser realmente economizar, terá de fazer pesquisas e de comparar preços, e de comprar diretamente os itens desejados.
No caso da assinatura de smartphones, há o atrativo de contar sempre com o modelo mais novo. Obviamente, o consumidor não terá de desembolsar de uma só vez o valor total do telefone móvel, e sim pagar o aluguel mensal.
Farmácias também têm planos de assinatura de remédios. Quem usa medicamentos para doenças crônicas, pode definir sua lista e a frequência de entrega da compra automática. Aqui, o benefício é programar a compra e a entrega dos remédios. Mas também há que ter cuidado para não se automedicar, nem continuar a usar medicamentos depois do prazo prescrito pelo médico. Além disso, recomenda-se continuar comparando preços sempre, pois pode haver promoções em redes de farmácias concorrentes.
Fonte: Folha de São Paulo