Notícias

Em noite de festa, Fieg celebra boas práticas ambientais e premia indústrias que se destacam na adoção de projetos ESG

Prêmio Fieg de Sustentabilidade da Indústria Goiana reconhece práticas de gestão e tecnologias que contribuem com a melhoria do desempenho econômico e socioambiental no setor

“As indústrias goianas têm um potencial significativo para adotar práticas mais sustentáveis e reduzir sua pegada ambiental.” A fala, do presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), André Rocha, resume bem o sentimento que marcou a entrega da primeira edição do Prêmio Fieg de Sustentabilidade da Indústria Goiana. A cerimônia, realizada terça-feira (24/9), na Casa da Indústria, foi uma celebração de projetos de indústrias instaladas no Estado que investem em iniciativas ESG para inovar e transformar a relação com o meio ambiente e com a sociedade nos municípios onde atuam.

“Goiás vive momento ímpar em sua economia, em pleno desenvolvimento em diversos setores, com indicadores de um cenário promissor. E desenvolvimento e sustentabilidade precisam andar juntos, manter um equilíbrio que é crucial para garantirmos a preservação ambiental para as futuras gerações”, afirmou André na solenidade, ao contextualizar que, nesse cenário, a Fieg desempenha papel fundamental como catalisadora da transformação do setor industrial do Estado.

“Com ações que não só incentivam, mas promovem a inovação, a eficiência energética e a adoção de fontes renováveis, a Fieg está trabalhando ativamente para posicionar as indústrias goianas na vanguarda da transição energética”, completou.

De olho nessa movimentação das indústrias goianas, o vice-presidente da Fieg Flávio Rassi, que também preside o Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Cmas) da federação, destacou que um dos objetivos do prêmio é justamente mostrar à sociedade como a indústria em Goiás contribui com o desenvolvimento sustentável.

“Não adianta só fazer bem feito, mas precisamos mostrar à sociedade o que tem sido implementado. Nossa indústria está à frente quando o assunto envolve boas práticas de gestão sustentável e tem muito ainda a contribuir, sobretudo com soluções ao desafio da transição energética”, sustentou Rassi, ao citar o potencial da indústria da mineração instalada em Goiás.

Goiás tem grande potencial para a exploração de terras raras, com vários projetos em desenvolvimento, em municípios como Minaçu, Nova Roma e Iporá. As terras raras são um conjunto de 17 elementos químicos muito utilizados em equipamentos de alta tecnologia, como baterias, ímãs, células solares, lasers e catalisadores. Esses minerais são considerados estratégicos à transição energética.

Também presente na solenidade, o secretário de Estado da Indústria e Comércio, Joel Sant’Anna Braga Filho, destacou que Goiás está chamando atenção do mundo pelo potencial energético. “O Estado possui em seu território terras raras com minerais essenciais à descarbonização do planeta. Estamos atraindo investimentos estrangeiros significativos nesse contexto da transição energética.”

PREMIAÇÃO
Buscando reconhecer iniciativas e boas práticas bem-sucedidas da indústria goiana no campo da sustentabilidade, da governança e do social, a premiação reconheceu projetos nas categorias Práticas de Gestão Sustentável e Responsabilidade Socioambiental, Tecnologias Sustentáveis, Comunicação ESG e Iniciativas de Micro e Pequenas Empresas.

Grande ganhadora da noite, a indústria Brainfarma faturou o primeiro lugar em duas categorias, com os projetos de governança e de redução de emissão de CO2. A diretora-executiva de Operações Industriais da empresa, Daniela Muassab Castanho, destacou o comprometimento da indústria com as boas práticas voltadas ao tema. “Atualmente, temos oito programas em andamento e buscamos inspirar as pessoas que fazem o dia a dia da Brainfarma e outras empresas que trabalham conosco. São ações voltadas ao uso inteligente dos recursos hídricos, da energia e de resíduos sólidos”, frisou.

Com um investimento de R$ 30 milhões, a Brainfarma expandiu sua capacidade energética ao ampliar a subestação de alta tensão, deixando de usar geradores alimentados por biodiesel. Com isso, a empresa deixou de lançar milhares de toneladas de CO2 no ambiente, reduzindo em 30% a pegada de carbono. Outra iniciativa foi a transformação das caldeiras, que deixaram de usar óleo BPF e passaram a operar com gás natural como combustível.

Outro vencedor da noite foi o jornalista Márcio André Freire de Almeida, da TV Anhanguera (sucursal Anápolis). Ele ficou em primeiro lugar na categoria Comunicação ESG com a reportagem Sustentabilidade nas Indústrias Goianas. “Contamos histórias de duas empresas espetaculares, uma montadora de veículos e uma pequena empresa instalada em Pirenópolis. A mensagem que fica é a de que ou a gente aprende a ser sustentável ou não vamos nos sustentar.”

MENÇÃO HONROSA
O Prêmio Fieg de Sustentabilidade da Indústria Goiana foi marcado ainda por menção honrosa a personalidade que se destaca na defesa e desenvolvimento da indústria em Goiás. Nesta primeira edição, o empresário Paulo Afonso Ferreira, que também é presidente emérito da Fieg, foi agraciado com o reconhecimento.

“Temos um desafio enorme no Brasil no campo da sustentabilidade. Somos uma potência mundial nesse contexto, com clima e riquezas naturais, mas precisamos transformar nossa imagem no exterior e entender que a questão ambiental, atualmente, é também um negócio. O tema está na ordem do dia e a indústria tem papel importante na promoção de uma mudança cultural na sociedade”, afirmou.

Engenheiro civil e empresário com ampla atuação no setor industrial e de construção civil em Goiás e no Brasil, Paulo Afonso destacou-se em diversos cargos de liderança, incluindo a presidência Fieg (1999-2010) e a vice-presidência executiva da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre 2018 e 2023. Atuou como diretor do IEL Nacional (2008-2023). Atualmente, é diretor da CNI e presidente do Conselho de Assuntos Legislativos da instituição.

A solenidade de premiação contou com presença dos presidentes Wilson de Oliveira (Fieg Regional Anápolis), Itair Nunes (Sindicer-GO), Lino Alves (Sindquímica), Antônio Santos (Siaeg), Luiz Vessani (Sieeg-DF), Marcos André Rodrigues (Sindipão), Marçal Soares (Sindifargo), Sarkis Curi (CIC), Jaime Canedo (Compem) e Luciano Lacerda (CDTI) e dos superintendentes Lenner Rocha (Fieg), Paulo Vargas (Sesi/Senai) e Humberto Oliveira (IEL Goiás).

CONFIRA OS VENCEDORES

Práticas de Gestão Sustentável e Responsabilidade Socioambiental

1º lugar: Brainfarma
Projeto de Governança

2º lugar: Indústria Caramuru
Projeto Sustentar

3º lugar: Indústria Mineração Serra Verde
Projeto Bem viver

Tecnologias Sustentáveis

1º lugar: Brainfarma
Projeto Reduzir a Emissão de CO2

2º lugar: Mosaic e Mineração Serra Verde
Projeto Recirculação e Reutilização de Água e Projeto Plano Diretor de Emissão Atmosférica, respectivamente.

3º lugar: Realmix
Projeto Redução da Camada de Carbono

Comunicação ESG

1º lugar: Márcio André Freire de Almeida
Matéria: Sustentabilidade nas Indústrias Goianas

2º lugar: Weylla dos Reis Gonçalves
Matéria: Fábrica de bebidas investe em sustentabilidade e reflorestamento

Iniciativas de Micro e Pequenas Empresas

1º lugar: Nonoterra
Projeto Ser Melhor para o Planeta

2º lugar: Sítio Boca do Mato
Projeto Proteção de Nascentes do Rio Vermelho que Trabalha com Extrativismo no Cerrado

Fonte: Fieg

Artigos Relacionados

Botão Voltar ao Topo