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O que é Drex e como irá funcionar a nova moeda digital brasileira

Com lançamento previsto para o final de 2024, o Drex promete mudar a relação das pessoas com o dinheiro

O mundo das finanças está em constante evolução, usando as novas tecnologias para trazer inovação, segurança e mais inclusão financeira. Segundo a pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária, o número de transações registradas pelos bancos atingiu um crescimento recorde de 30% em 2023. Esse resultado é fruto, principalmente, do aumento de operações nos canais digitais. Hoje, 8 de cada 10 movimentações bancárias realizadas no Brasil são feitas dessa maneira.

Drex e a revolução do setor financeiro

Em breve, o setor financeiro vai passar por uma nova revolução, com a chegada de uma novidade que promete mudar de vez a maneira como as pessoas usam o dinheiro. Vem aí o Drex, a moeda digital brasileira que deve ser lançada pelo Banco Central em 2024.

O que é Drex?

O Drex é o nome dado à moeda digital emitida pelo Banco Central do Brasil. Em desenvolvimento em vários países, esse tipo de dinheiro só pode ser trocado de mãos por meio de uma plataforma digital, ou seja, não existe em papel.

A sigla: qual o significado de Drex?

Segundo o Banco Central, o Drex, que já foi chamado de Real Digital, ganhou esse nome para traduzir todos os elementos de inovação e modernização financeira contidos nessa iniciativa. Cada letra traz um significado:

  • D: digital
  • R: real
  • E: eletrônica
  • X: modernidade e conexão

De onde vem o nome Drex? (que já foi chamado de Real Digital)

No mundo, ele é conhecido pela sigla CBDC (Central Bank Digital Currency, que significa, literalmente, Moeda Digital do Banco Central).

Mesmo valor do dinheiro físico

O Drex é, assim, a representação oficial de nossa moeda, o Real e, na prática, tem o mesmo valor do dinheiro físico. De acordo com o Banco Central, o Drex poderá ser trocado pelo real tradicional e vice-versa, mas o seu principal foco está nas transações financeiras, que podem ser de qualquer tipo – da venda de um carro à contratação de empréstimo, por exemplo. O Banco Central garante toda segurança jurídica, cibernética e de privacidade nessas operações e, para isso, já está em teste uma estrutura muito robusta para dar suporte ao Drex.

Drex é a nova moeda digital do Brasil, o dinheiro que não é de papel
Drex é a nova moeda digital brasileira (na prática, é o real digital)

Qual a diferença entre Drex e PIX?

Amplamente aceito pela população brasileira, o PIX foi uma inovação nos meios de pagamento nacionais. Mas enquanto o PIX é uma tecnologia de transação instantânea, o Drex é uma moeda oficial e possui um conceito mais amplo. Ou seja, ele não é somente um meio de pagamento como o PIX – ele é uma versão digital do dinheiro em si, que poderá ser usado para fazer pagamentos e muito mais através da Plataforma Drex.

Quanto vale 1 Drex?

O Drex terá o mesmo valor do real que conhecemos. Portanto, 1 Drex irá equivaler a R$ 1. Da mesma forma, 100 Drex será o mesmo que R$ 100. A diferença está apenas no formato: o Real é impresso em papel-moeda e o Drex existirá apenas em formato digital.

Quando o Drex será implantado? 

Ainda não há uma data específica para o lançamento do Drex. No momento, o sistema está em fase de teste em ambiente restrito, no chamado Piloto Drex, iniciado em março de 2023.  Essa é uma etapa importante, em que o Banco Central poderá avaliar os benefícios da programabilidade da Plataforma Drex, onde serão simuladas operações com ativos digitais “tokenizados” liquidadas no atacado com o Drex emitido pelo Banco Central. Com base nos resultados do Piloto, o Bacen deverá iniciar testes com a população, o que deve ocorrer no final de 2024 ou início de 2025.

O dinheiro físico x Drex (moeda digital)

O Drex é o real em formato digital, emitido em plataforma digital operada pelo Banco Central. Ele é a moeda oficial do país, emitida e regulada pelo Banco Central, com acesso feito apenas em carteiras digitais em instituições financeiras. Seu valor é igual ao do real e permite que você faça transações financeiras, transferências e pagamentos, por exemplo, da mesma forma que faria com um dinheiro físico.

Por que o Drex foi criado?

O Drex foi criado para democratizar os serviços bancários e promover a inclusão financeira no Brasil. Segundo o Banco Central, ele facilita que mais pessoas tenham acesso a produtos e serviços tradicionais, como investimentos e financiamentos, e aos mais inovadores, como os tokenizados, que utilizam contratos inteligentes e protocolos de intermediações de compra e venda. Além disso, o Drex traz mais segurança e agilidade na realização de diferentes tipos de transações e na efetivação de contratos, contribuindo para a digitalização da economia. 

Como o Drex poderá ser usado?

O Drex será acessado por meio de contas digitais em instituições financeiras, permitindo que as pessoas façam todo tipo de atividade, como pagamentos, transferências, empréstimos, seguros e investimentos. Mas o seu diferencial está na possibilidade de uso dos contratos inteligentes. 

Um exemplo de como usar o Drex…

Imagine, por exemplo, que você está comprando um carro. Com o Drex e um contrato inteligente, você e o vendedor ganham mais segurança, já que a transferência do dinheiro e da documentação do veículo podem ocorrer simultaneamente. Atualmente, a transferência do dinheiro é feita pelo sistema bancário e transferência do documento pelo cartório, sem que haja comunicação entre eles. Com o Drex, tudo pode ser feito em uma mesma plataforma, de forma rápida, fácil e segura. Se alguma das partes não cumprir o acordo, a transação simplesmente não acontece.

Quanto custa?

Outro destaque é o custo das transações, que devem ser mais baixas, pois contarão com menos intermediários, já que tudo acontece em um sistema integrado. Saiba mais no vídeo do Bacen a seguir.

O que vai mudar na vida das pessoas com o Drex?

Como vimos, o Drex veio para trazer mais agilidade, praticidade e segurança às movimentações financeiras. Na prática, ele irá facilitar a contratação de crédito, como empréstimos com garantia e financiamentos, a compra e venda de carros e imóveis ou qualquer outro serviço que envolva contratos e pagamentos.

Ele também poderá baratear custos de contratação de crédito, investimento, seguros e outros produtos bancários. Isso porque, com um sistema unificado na Plataforma Drex acessada pelas contas digitais, as transações passam a ser mais eficientes, unindo, em um só lugar, todas as informações necessárias. Isso agiliza os processos, favorecendo a oferta de produtos e serviços financeiros com custos menores do que os praticados atualmente. Também será possível fazer pagamentos pelo Drex, ainda que esse não seja seu foco principal.

Drex ou Real: o que será melhor?

Não há diferenças entre o Real e o Drex, uma vez que o Drex é uma representação digital do Real, com o mesmo valor. O que muda, na prática, são as possibilidades de uso dessas duas moedas. 

Quando falamos de Drex, falamos de um dinheiro que está amparado por muita tecnologia, como o formato tokenizado dentro de uma blockchain, que agrupa e conecta informações por meio de criptografia, garantindo a segurança das operações. Isso traz um leque maior de possibilidades do que o dinheiro físico, de maneira que o processo de contratação e pagamento de serviços ocorra dentro de uma única plataforma.

Drex e criptomoedas são a mesma coisa?

Não. Ainda que o Drex e as criptomoedas usem tecnologias semelhantes, a principal diferença está na regulação. O Drex é uma moeda oficial do Brasil, emitida e regulada pelo Banco Central, com um valor determinado. Sua emissão ocorrerá exclusivamente dentro de uma plataforma eletrônica operada pelo Banco Central, que contará com  regras para garantir a segurança, a privacidade e a legalidade das transações.

Já os criptoativos não são emitidos pelo Banco Central, possuem uma gestão descentralizada e são bastante voláteis, com variações frequentes de seu valor de mercado. Outra diferença é sua aceitação: por se tratar de uma moeda oficial, o Drex será aceito no território nacional, enquanto as criptomoedas não são moedas oficiais e podem ser trocadas livremente no mercado.

Fonte: Meu Bolso em Dia

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