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Por que os produtores rurais amam as Starlinks de Elon Musk

De caminhonetes a tratores e sede, saiba como as fazendas têm utilizado o serviço dos satélites que operam em baixa órbita

Operada pela SpaceX, empresa do setor aeroespacial controlada pelo bilionário Elon Musk, a Starlink possui cerca de 2 mil satélites em órbita. É uma grande vantagem em relação aos seus rivais na oferta de serviço de conexão de internet, que possuem poucos satélites. No Brasil, embora represente menos de 1% das conexões de banda larga, a Starlink já é o maior provedor de internet por satélite, com cerca de meio milhão de acessos. Boa parte desse público vem do campo. Por isso, no início de setembro, quando se aventou a possibilidade de suspensão da outorga da Starlink no Brasil, em função do descumprimento das leis brasileiras, por parte de Musk, relativas à atuação do X (sua rede social), acendeu uma luz vermelha entre os produtores. Mas o que de fato o campo tem feito com uso da Starlink?

“Temos 8 links hoje e eles vêm sendo úteis. Por exemplo, usamos quando assumimos a fazenda Preciosa, ou na expansão de serviços, como estamos fazenda na Parnaguá”, disse à Forbes Aurélio Pavinatto, CEO da SLC Agrícola, um dos maiores grupos do país, com 24 fazendas e cerca de 700 mil hectares de algodão, soja e milho, como principais culturas. A Preciosa é uma fazenda de 11 mil hectares em Querência (MT), assumida em julho, a partir de uma joint venture com o Grupo RZK, do empresário José Ricardo Rezek. A Paranguá, de 20 mil hectares e comprada em 2008, fica no sul do Piauí, na região da Serra da Fortaleza, e tem starlink há 3 anos. “Nas áreas mais remotas é a solução”, diz Pavinatto. A empresa usa na maior parte de suas operações os serviços da TIM, intensificados em 2016, quando embarcou de vez na onda digital ao criar seu Comitê de Tecnologias Agrícolas visando em suas operações de máquinas agrícolas o uso intenso de Big Data, IoT (Internet of Things), clouds, drones, entre outros.

O uso da internet por satélite está transformando o setor agrícola em diversas regiões do mundo, principalmente nos países líderes na produção de alimentos, como Brasil, Estados Unidos, China e Índia. Nos Estados Unidos, por exemplo, um país altamente conectado, cerca de 14,5 milhões de pessoas em áreas rurais ainda carecem de acesso a uma conexão de banda larga confiável, segundo o FCC (Federal Communications Commission). Na América Latina, segundo o ICCA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura), cerca de 72 milhões de pessoas de áreas rurais em 26 países necessitam de conectividade, das quais 13 milhões estão no Brasil.

Divulgação
Aurélio Pavinato, da SLC Agrícola, diz que o uso da Starlink vem ocorrendo em ocasiões especiais

Fonte: Forbes

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