Brasil supera Tóquio-2020 e faz sua melhor campanha em Paralimpíadas
Em Paris, delegação brasileira bate recorde de ouros e do total de medalhas
Com as conquistas deste sábado (7), o Brasil já garantiu seu melhor resultado em Jogos Paralímpicos na história. São 85 pódios no total, superando a marca de Tóquio-2020, que até então era o melhor resultado do país: 72.
O recorde de medalhas de ouro também foi batido com Jerusa Geber, que venceu os 200m da classe T11 e garantiu a 23ª medalha para o Brasil, superando as 22 de Tóquio. A atleta ainda igualou o recorde paralímpico (24s51), da britânica Libby Clegg.
Apenas neste dia, o penúltimo dos jogos, foram seis ouros, três pratas e seis bronzes para a delegação brasileira.
A primeira a competir foi Rayane, que conquistou o ouro nos 400 m T13 (deficiência visual), com direito a quebra do recorde mundial. Ela fechou a prova em 53s55, melhor marca do planeta, seguida por Lamiya Valiyeva (55s09), do Azerbaijão, e pela portuguesa Carolina Duarte (55s52).
O recorde mundial pertencia à estadunidense Marla Runyan, que durava desde 2 de janeiro de 1995, há quase 30 anos. Ela havia concluído a prova em 54s46.
Na prova dos 200 m T37 (paralisados cerebrais), Ricardo Mendonça ficou com a prata e Christian Gabriel com o bronze. No salto em distância T13 (deficiência visual), Paulo Henrique Andrade dos Reis conquistou o bronze.
Mais medalhas vieram na canoagem: Luís Carlos Cardoso foi medalha de prata no K1 200 m, na categoria KL1, enquanto Miquéias Rodrigues conquistou o bronze nos 200 m, na categoria KL3.
A halterofilista Mariana D’Andrea, 26, confirmou as projeções e conquistou o ouro na categoria até 73 kg. A paratleta levantou 148 kg para conquistar a medalha e estabelecer o novo recorde paralímpico. Com o título, a paulista de Itu chega ao bicampeonato, igualando o feito de Tóquio-2020.
No judô, Arthur Silva, 32, venceu o britânico Daniel Powell no peso até 90 kg, categoria J1. Em uma luta travada, o brasileiro esteve perto de conseguir uma imobilização quando faltavam 2min12s. Wilians Araújo, no peso acima de 90 kg, categoria J1, também conquistou ouro ao vencer Ion Basoc, da Moldávia.
Rebeca Silva, 23, derrotou a atleta do Arzerbaijão Dursadaf Karimova no peso acima de de 70 kg, categoria J2, ficando com o ouro. Já Erika Zoaga disputou a final do judô acima de 70 kg, J1, mas foi derrotada e ficou com a medalha de prata.
Marcelo Casanova, 21, levou o bronze ao vencer a luta no peso até 90 kg, categoria J2, contra o italiano Simone Cannizzaro.
O Brasil vem em progressão nos últimos Jogos: conquistou 43 medalhas em Londres-2012, 72 na Rio-2016 e 72 em Tóquio-2020.
Fonte: Folha de São Paulo