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COINFRA-FIEG / Lideranças e especialistas avaliam atual cenário e traçam futuro da infraestrutura em Goiás

Workshop Perspectiva da Infraestrutura de Goiás: Explorando o Futuro do Desenvolvimento do Estado reúne empresários e profissionais do setor e aborda principais avanços e investimentos programados em rodovias, ferrovias, habitação, saneamento e distritos industriais

A Casa da Indústria, sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), em Goiânia, foi palco das discussões do workshop Perspectiva da Infraestrutura de Goiás: Explorando o Futuro do Desenvolvimento do Estado. O evento, realizado quinta-feira (22/08) com apoio do Sebrae Goiás, foi promovido pelo Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Fieg e atraiu público de empresários e profissionais do setor. Com uma programação ampla, o encontro reuniu especialistas e líderes influentes, que ofereceram visão abrangente sobre desafios e oportunidades que moldarão a infraestrutura goiana nos próximos anos, especialmente quanto à infraestrutura rodoviária, ferrovias, habitação, saneamento e distritos industriais.

O workshop foi aberto pelo presidente do Coinfra, Célio Eustáquio de Moura, que destacou que Goiás vive momento ímpar em sua economia, em pleno desenvolvimento em diversos setores, e que busca dar celeridade às obras a serem executadas com recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), cujo projeto de parceria público-privada foi aprovado no mesmo dia na Assembleia Legislativa. “Com cerca de um ano e meio de contribuição ao fundo, o governo arrecadou R$ 1,5 bilhão e concluiu duas obras, dos 44 projetos aprovados pelo conselho gestor. A PPP pode dar celeridade a essa pauta.”

O presidente em exercício da Fieg, André Rocha, reforçou o trabalho do Coinfra nesse acompanhamento dos investimentos estratégicos à competitividade da indústria instalada em Goiás. “O Estado enfrenta um grande desafio nessa área, mas é um desafio positivo, que tem levado Goiás a avançar e atrair grandes investimentos. O mais importante é que o governo estadual está engajado em discutir soluções com o setor produtivo. Diversos exemplos de parcerias público-privadas demonstram essa colaboração, com a preocupação não apenas em gerar investimentos, mas também em ampliar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”, sustentou.

André destacou também que a escolha das 44 obras prioritárias do Fundeinfra partiu da iniciativa privada, que apontou as necessidades do setor produtivo. “Agora, o que precisamos é agilizar e avançar com essas obras, pois quem perde com a não realização delas é a sociedade.

O secretário de Estado de Infraestrutura, Pedro Sales, destacou a importância de um planejamento detalhado e integrado para o desenvolvimento sustentável. Ele enfatizou a necessidade de adaptar as estratégias às novas demandas e realidades do setor e de se buscar boas práticas implantadas em outros Estados para que Goiás também se destaque.

“Iniciamos o desafio de pensar a política pública de forma mais estratégica. Na Secretaria, desenhamos processos para garantir que soluções mais assertivas sejam implantadas nas empresas e agências públicas responsáveis pela infraestrutura. Com um arcabouço legal adequado para a prática de diversos atos na área de infraestrutura, o foco principal para a sociedade não é quem realiza as obras, mas sim que elas sejam realizadas de maneira eficaz”, sustentou.

De acordo com Sales, um dos eixos empreendidos pela Seinfra está dedicado em disciplinar entidades participativas e encontrar soluções ousadas. “Temos um setor privado voluntarioso para participar dessas soluções e que será envolvido para assegurar a execução das obras. Atualmente, o maior gargalo que temos é em relação aos recursos humanos. Precisamos ampliar nossa capacidade de ação.”

No âmbito das obras civis, Sales afirmou que houve uma significativa ampliação na área de saúde, com a construção de hospitais e policlínicas em Goiânia e no interior e que um novo sistema de monitoramento e controle para a fiscalização de obras em tempo real foi desenvolvido para maior transparência.

SANEAMENTO, HABITAÇÃO E DISTRITOS INDUSTRIAIS
Ricardo Soavinski, presidente da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), abordou Desafios e Soluções para o Saneamento Básico em Goiás. Ele detalhou a atual cobertura da companhia no Estado e os investimentos que estão sendo feitos para universalização dos serviços e garantia da segurança hídrica, uma prioridade para a administração estadual.

“Temos obras muito importantes em execução em Goiânia e na Região Metropolitana, em Anápolis e em municípios do Centro e Sudoeste Goiano e do Entorno do Distrito Federal. Além disso, estamos atuando de forma estratégica para garantir a segurança hídrica do Estado. Já temos barragens previstas para Goiânia e Anápolis, buscando antecipar a demanda futura”, afirmou Soavinski, ao apresentar dados do planejamento financeiro da Saneago para o período 2024/2028, com investimentos estimados em R$ 4,6 bilhões.

Na Habitação, Wendel Garcia, vice-presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), falou sobre Políticas Habitacionais e Inclusão Social, destacando a importância de políticas inclusivas que visem à melhoria da qualidade de vida e ao acesso à moradia digna para todos os cidadãos. Dentre os resultados apresentados, estão a contratação de 6.586 unidades habitacionais a custo zero, além de outras 2,5 mil unidades que estão em processo de contratação.

Na regularização fundiária, a Agehab formalizou a escritura de quase 6,5 mil imóveis, garantindo segurança jurídica aos proprietários. “Hoje, Goiás é um Estado que cumpre seus compromissos e inova em suas políticas públicas. Temos empreendido esforços no custo zero, em que os terrenos vêm por meio de parcerias com os municípios, e na regularização fundiária, assegurando ao cidadão o direito a casa própria.”

O workshop também contou com presença de Francisco Júnior, presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), que apresentou abordou o tema Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura Industrial. Nesse sentido, Júnior apresentou detalhes da iniciativa DAIA 5.0, projeto que está sendo implantado de forma piloto em Anápolis para expansão, regularização e modernização do distrito agroindustrial.

Dentre os benefícios buscados, estão a ampliação da área em mais de 1,7 milhão de metros quadrados, a atração de cerca de 100 novas empresas, a geração de 20 mil novos empregos diretos e indiretos e a aplicação de R$ 40 milhões em investimentos para tornar o distrito mais seguro, eficiente e sustentável. Atualmente, o Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) é o 2º maior polo farmoquímico da América Latina.

“O Daia concentra 30 mil empregos, o que 73% dos municípios de Goiás não possuem de habitantes. É uma verdadeira cidade e, como tal, tem os desafios que um município possui. O mundo mudou e não dá pra continuar trabalhando como se estivéssemos ainda no século passado. Estamos agindo de forma mais estratégica, entendendo a cadeia de fornecedores das empresas, para gerar um ecossistema sustentável e competitivo”, explicou Júnior.

O workshop Perspectiva da Infraestrutura de Goiás: Explorando o Futuro do Desenvolvimento do Estado foi acompanhado pelos presidentes Hidebrair Freitas (Sinduscon-GO), Luiz Antônio Oliveira Rosa (Sinduscon-Anápolis), Jerry Alexandre de Oliveira (Siago), Luiz Carlos Borges (Sindiareia), Marçal Henrique Soares (Sindifargo), Anastácio Dágios (Comdefesa), Marduk Duarte (CTA), Sarkis Nabi Curi (CIC) e Lorena Blanco (CTRTI); pelo gerente da unidade de Soluções do Sebrae Goiás, Victor Antônio Costa Sales; pela analista do Sebrae Goiás, Fernanda Freitas; e pelo deputado estadual Wagner Neto.

Fonte: Fieg

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