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Roraima é o único estado brasileiro com mais de 2 filhos por mulher, segundo IBGE

Com ao menos dois filhos por mulher em idade reprodutiva em 2023, Roraima é o único estado ainda em crescimento populacional, de acordo com dados publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (22).

Em queda no Brasil, a fecundidade apresenta uma tendência similar entre todas as regiões do país, que caminham para 1,5 filho por mulher a partir de 2056 e até 2070, último ano divulgado no pacote de projeções da população brasileira.

A taxa de fecundidade do Brasil estaciona em 1,5 já em 2024, segundo a projeção do IBGE, com um intervalo de 2035 a 2049 em 1,4, retornando ao número anterior até 2070. A taxa de 2,1 filhos por mulher é necessária para que o tamanho da população se mantenha constante, de acordo com o IBGE, sem contar a migração. Depois de Roraima vêm Mato Grosso (1,98) e Amazonas (1,96).

O levantamento considera informações preliminares do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos de 2000 a 2023, do Ministério da Saúde, e das Estatísticas do Registro Civil e do Censo Demográfico de 2000 a 2022, ambos do IBGE.

Na divisão por faixas etárias das mães em Roraima, o grupo de 20 a 24 anos lidera, seguido pelo de 25 a 29 anos e pelo de 15 a 19 anos.

O estado enfrenta problemas de gravidez infantil e gestações resultantes de abuso sexual, como mostrou reportagem da Folha. Roraima se mantém, nas projeções de 2023 e 2024, como a unidade da federação com as taxas de fecundidade mais altas do grupo etário de 10 a 14 anos.

Mas o estado também segue a tendência de queda nacional, rumo a 1,5 filho por mulher, que tem uma queda mais acentuada no Norte e no Nordeste. Em 2023, o Rio de Janeiro, no Sudeste, estava na última posição da lista com taxa projetada de 1,39.

Segundo o IBGE, estados do Norte do país iniciaram a redução de fecundidade depois dos de outras regiões. Outro fator que pode ajudar a explicar as taxas de fecundidade mais altas em Roraima é o contingente maior de população indígena na população, especialmente a parcela que vive dentro de terras indígenas. Ainda, a migração de venezuelanos para o estado brasileiro também influencia nos números de fecundidade, de acordo com instituto.

Fonte: Folha de São Paulo

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