Agrodefesa debate logística reversa de embalagens de agrotóxicos em Goiás
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV) e o Conselho Regional de Engenharia Agronômica (Crea-GO), realiza nesta segunda-feira (12/08), às 09 horas, na sede da Agência, em Goiânia (GO), encontro para comemorar o Dia Nacional do Campo Limpo (celebrado em 18 de agosto).
O objetivo é discutir a importância do trabalho de recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos em Goiás e o saldo já alcançado com a ação no estado.
Participarão da reunião representantes das três instituições, além da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e da Associação dos Produtores de Soja de Goiás (Aprosoja Goiás).
Logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas
O Dia Nacional do Campo Limpo foi criado para celebrar os resultados alcançados pelo Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. De acordo com o inpEV, neste ano já foi alcançado o marco de mais de 754 mil toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos destinadas de forma ambientalmente correta. Deste total, 93% das embalagens plásticas primárias comercializadas no Brasil são destinadas a reciclagem.
Redução do impacto ambiental
A Lei nº 14.785, de 27 de dezembro de 2023, institui que o Sistema tem a responsabilidade compartilhada entre agricultores, indústria fabricante, canais de distribuição e poder público no fluxo de funcionamento do programa.
A Agrodefesa atua no sentido de realizar a fiscalização da devolução e destinação adequada de embalagens vazias de agrotóxicos, armazenamento, transporte, reciclagem, reutilização e da inutilização das embalagens vazias dos produtos referidos no estado de Goiás.
“A reunião deste dia 12 é importante para a logística reversa de embalagens de agrotóxicos em Goiás, pois a união de esforços entre Agrodefesa, InpEV, Crea, Faeg e Aprosoja visa otimizar o processo de coleta, triagem e destinação final dessas embalagens, reduzindo o impacto ambiental e garantindo a segurança dos trabalhadores e da população em geral”, afirma o presidente da Agrodefesa José Ricardo Caixeta Ramos.
Processo
Produtores rurais que utilizam agrotóxicos devem realizar o descarte adequado em até um ano após a compra ou na data de vencimento da bula do produto.
A devolução das embalagens vazias de agrotóxicos, suas tampas e eventuais resíduos pós-consumo dos produtos deve ser feita aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, ou intermediada por postos ou centrais de recebimento, bem como por ações de recebimento itinerantes, desde que autorizadas e fiscalizadas pelo órgão competente.
Em Goiás, essa autorização e fiscalização é feita pela Agrodefesa, com a gestão sob responsabilidade do InpEV junto às associações de revendas credenciadas.
Além dos produtores e instituições, as empresas privadas também fazem parte da logística reversa, como explica o coordenador do programa de Agrotóxicos da Agrodefesa, Rodrigo Baiocchi.
“As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos ou de produtos de controle ambiental são responsáveis pela destinação das embalagens vazias e de eventuais resíduos pós-consumo dos produtos por elas fabricados e comercializados com vistas à sua reutilização, reciclagem ou inutilização após a devolução pelos usuários e pela ação fiscalizatória, obedecidas às normas e as instruções dos órgãos competentes” reforça.
Fonte: Agência Cora Coralina de Notícias