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Expansão da capacidade energética de Goiás é promissora e prioriza origem solar

Relatório elaborado pelo Coinfra-Fieg projeta cenário entre 2024 e 2029, com previsão de operação de 145 usinas, das quais 129 de origem solar, destacando-se claramente como a principal fonte de nova geração

Com previsão de dar partida, entre 2024 e 2029, à operação comercial de 145 usinas de energia, das quais 129 de origem solar, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Goiás tem cenário altamente promissor de expansão da capacidade energética do Estado. É o que aponta o Relatório de Infraestrutura de Goiás – Energia Elétrica 2024, divulgado terça-feira (14/05) pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), por meio do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra). A perspectiva vem ao encontro de movimentos no mundo inteiro em busca de produção mais sustentável, tanto por parte do setor produtivo quanto da população, mobilizada por essa tendência.

Principal fonte de nova geração – A distribuição dos projetos ao longo dos anos com ênfase notável no desenvolvimento da energia solar, com previsão de geração de 6.295,55 MW, reflete tendência global de transição para fontes de energia renováveis e pode ser indicativo de políticas de incentivo para a diversificação da matriz energética e de esforços para redução da dependência de fontes de energia não renováveis, conforme analisa o documento.

Para o Estado de Goiás, o estudo analisa essa tendência como positiva, pois além de gerar energia limpa, esses projetos podem trazer desenvolvimento econômico, empregos e tecnologia para a região. A presença de projetos de biomassa e hídrica também indica esforço para manter uma matriz energética diversificada, o que pode ajudar a mitigar riscos associados à variabilidade na geração de energia solar e hídrica.

A projeção de crescimento na capacidade de geração de energia, especialmente solar, poderá ser um vetor estratégico para o avanço da infraestrutura goiana, contribuindo para sua competitividade econômica e sustentabilidade ambiental, complementa o relatório.

Em sua oitava edição, a publicação do Coinfra-Fieg não apenas contempla o panorama da geração de energia no Estado como também categoriza e examina, meticulosamente, aspectos como distribuição de energia elétrica; análise dos reajustes tarifários; avaliação do consumo energético no território goiano; análise financeira da Equatorial Goiás; e indicadores de frequência e duração de interrupções (FEC e DEC) das distribuidoras.

“O conteúdo principal de Energia Elétrica poderá servir de subsídios para orientação de planos e ações da Fieg, tomada de decisões das empresas e atuação política da Federação, dos sindicatos e demais instituições da sociedade goiana. Esperamos que a publicação contribua para a continuidade do crescimento socioeconômico do Estado de Goiás e para o avanço da competitividade das empresas goianas, a partir da melhoria das condições de infraestrutura requerida por este importante centro de produção industrial, agropecuária, comercial, mineral e de logística, situado estrategicamente no coração do Brasil”, afirmam os presidentes da Fieg, Sandro Mabel, e do Coinfra, Célio Eustáquio de Moura, na apresentação do documento.

No setor industrial, por exemplo, o consumo de energia manteve-se estável entre 2021 e 2022, não apresentando variação, o que pode sugerir diferentes cenários. Um deles diz respeito à eficiência energética, ou seja, uma possibilidade mais positiva é que o setor industrial pode ter mantido o mesmo nível de produção com consumo energético mais eficiente. Isso significaria que, embora o consumo de energia não tenha aumentado, a produção pode ter crescido ou se tornado mais eficiente em termos energéticos.

Outro aspecto indica a migração para o mercado livre, pelo qual parte da indústria pode ter optado, em busca de custos mais competitivos. Isso reduziria o consumo no mercado cativo, sem necessariamente indicar redução na atividade industrial.

Em busca de atuar na vanguarda de movimentos visando à produção sustentável das indústrias, o Sistema Fieg deu exemplo significativo ao incluir, em seus projetos de ampliação e modernização da rede de unidades no Estado, a instalação de usinas fotovoltaica, a exemplo da estrutura que foi inaugurada em dezembro do ano passado na Faculdade Senai Fatesg, no Setor Universitário, em Goiânia. A estrutura ali instalada tem capacidade para gerar 325 megawatts hora por ano, que vai atender 90% da energia consumida pela unidade.

Confira íntegra do Relatório de Infraestrutura de Goiás – Energia Elétrica 2024. 👇

Fonte: FIEG

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