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Com alta da dengue, fornecedores de repelente alertam que estoque atual deve durar apenas até abril

A explosão dos casos da doença fez a procura por repelentes aumentar até quatro vezes

O Brasil já tem mais 1 milhão e 342 mil casos prováveis de dengue, e 363 mortes. A explosão dos casos da doença fez a procura por repelentes aumentar até quatro vezes. Os fornecedores alertam que o estoque atual é suficiente para atender apenas até abril.

A epidemia de Dengue no Brasil levou ao aumento da procura por repelentes, uma das principais maneiras de se proteger do mosquito. O receio na indústria e nas grandes redes farmacêuticas é de que falte insumos para a produção do produto aqui no Brasil.

De acordo com associações do setor, não há dados consolidados sobre o aumento na demanda por repelentes. Contudo, segundo redes de farmácias e o setor da indústria, o aumento foi de 500% na procura pelo produto, comparando o mês de novembro de 2023 com fevereiro deste ano.

Essas fabricantes afirmam que estão aumentando turnos de trabalho para aumentar produção de repelentes e antecipando compra de matéria prima. Algumas empresas estão pagando transporte aéreo para trazer a matéria-prima de fabricação de repelentes ao Brasil.

São três princípios ativos dos repelente e o mais usado é icaridina.

Sobre a falta de matéria prima, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, que representa o sertor, ainda não fala em falta de repelentes no mercado. Entretanto, afirma que demanda está “muito acima da prevista pelos fabricantes”, e que “solicitou à Anvisa a aprovação de novos repelentes”.

A associação das redes de farmácias também não fala em escassez neste momento, mas duas grandes redes farmacêuticas disseram ao blog que os estoques devem durar até abril.

“Não é apenas no Brasil que há caso de dengue. Isso se alastra em outros países. Estamos com um prazo de 45 a 60 dias para que chegue o ativo [dos repelentes] ao Brasil”, disse Norberto Afonso, CEO da Henlau Química.

Para Adibe Marques, diretor comercial da fabricante Cimed, o cenário “é preocupante”. “A matéria-prima deste produto é importada e, por ser inflamável, só podemos trazê-la usando navios. Com isso, nosso cenário de produção está coberto até o mês de abril. Porém, de maio em diante, não temos confirmação.”

Fonte: G1

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